César Tavares quer afirmar Achete nos nacionais

GRUPO DE FUTSAL DE ACHETE IRÁ ESTAR PELA PRIMEIRA VEZ NOS CAMPEONATOS NACIONAIS

César Tavares quer afirmar Achete nos nacionais

Depois de ter passado por Constrolandia, Ouriquense, CB Cartaxo, NS Cartaxo o técnico levou o Achete aos nacionais

Como se iniciou no Futsal?

Foi miúdo ainda, creio que com cerca de 13 ou 14 anos, numa altura em que era jogador de futebol 11 e estava ao serviço do Sport Lisboa e Cartaxo que após a época terminar me surgiu um convite para fazer um torneio do então futebol de salão, a partir dessa data todos os anos no final de cada época de futebol 11 eu disputava um torneio. Posteriormente e já adulto, realizei alguns torneios representando a empresa construlandia de uma forma mais seria e organizada e já com o actual futsal. Foi aí que as coisas após algumas vitórias nos chamados torneios piratas e depois de se ter reunido uma equipa com bastante qualidade que os responsáveis pela constrolandia pensaram em disputar o distrital de santarém. Aqui surge uma situação caricata, já que para poder haver campeonato tinha de haver no mínimo três equipas e no momento só havia duas que eram a constrolandia e os Patos que haviam descido dos nacionais. Bem pensado e para que não tivéssemos de ir para a zona de Leiria ou Lisboa, inscrevemos mais uma equipa de nome Cartaxo Bloco que era uma empresa pertencente ao grupo Constrolandia onde eu disputei alguns jogos como jogador. A paixão foi aumentando e quando surge o primeiro curso de primeiro nível da A.F.S. resolvi inscrever-me tendo o privilégio de entre outros ter como formador o Mister Paulo Fernandes que como se sabe está actualmente ao serviço do Sporting o qual ainda hoje tenho como referencia do futsal nacional . Após concluir o curso resolvi por os meus conhecimentos em pratica e para isso desafiei o Ouriquense para entrar no campeonato distrital na altura já com cerca de 12. Claro, a partir daqui as coisas não mais pararam passando de seguida para a CBC onde fomos campeões de série e finalistas da taça.

Posteriormente o projecto no NS Cartaxo, como correu? E o porque do abandono?

No início foi um projecto que parecia ter pernas para andar, com o apoio logístico acabado de chegar da casa mãe e com um carinho enorme que nos era constantemente dado pelas gentes do núcleo, o empenho foi grande de todos e a época também muito positiva, acabando a equipa por conseguir um meritório 3º lugar. No segundo ano as coisas já foram diferentes, havia algum cansaço derivado a como se sabe o trabalho nestas colectividades recair sempre sobre as mesmas pessoas o que acabou por dar origem a que as pessoas cada vez ficassem mais distantes. Para além disso não consegui também fazer passar a mensagem ao grupo talvez também derivado a algum desgaste da minha imagem. Nos três primeiros jogos os resultados não apareceram e eu entendi que estava na altura de mudar alguma coisa não só para o núcleo como também para mim. Saí, e fi-lo em boa hora. Sentia-me cansado de juntamente com o Aurélio, meu adjunto na altura, para alem de treinador ser também massagista, psicólogo, director e tudo o mais que fosse necessário. Definitivamente o núcleo não estava estruturado de forma a que o projecto inicial tivesse sucesso, no entanto quero frisar aqui que fui sempre e sou ainda sempre que por lá passo muito bem tratado nesta colectividade.

Sendo um dos técnicos mais credenciados do distrito a saída de Rui Batista do Achete abriu a possibilidade treinar a equipa. Como surgiu a oportunidade?

Surgiu com um telefonema do Presidente Paulo Gaspar. Foi tudo muito fácil dado ser uma pessoa com a qual criei imediatamente alguma empatia, eu estava sem clube e o Presidente entendeu que era a pessoa indicada para assumir o projecto de subida do Achete.

Quais as perspectivas e _object_ivos para a próxima época?

Na próxima época a realidade vai ser outra. As equipas são mais fortes como é óbvio, as deslocações maiores, vamos jogar com cronómetro o que obriga a uma melhor condição física dos jogadores. Tendo a noção disso já nos reforçamos de forma a ter um plantel mais equilibrado e estamos também a trabalhar no sentido de podermos aumentar o orçamento de forma a fazer face às despesas que serão bem mais avultadas. De qualquer forma creio estarem criadas as condições necessárias para que o Achete se afirme como clube de 3ª divisão nacional e para que seja também uma referencia do futsal do distrito de Santarém.


Fonte: http://futsalportugal.net/distrital